Bernardo Ferrão diz que o discurso do Presidente da República na tomada de posse do novo Governo vai ser importante e acredita que o do primeiro-ministro vai ser “na lógica de traçar objetivos e de falar muito do PRR”.
Na Edição da Tarde, afirma que há alguma expectativa em relação ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, na quarta-feira.
“Vai aparecer neste novo ciclo quase como um contrapoder em relação a um primeiro-ministro e a um Governo que têm maioria absoluta.”
Acredita que o tom vai ser de “alguma exigência e muito no sentido que Portugal tem de crescer mais.”
Bernardo Ferrão diz que este novo Governo “está muito nas mãos” de António Costa e “depende em muito da sua vontade, porque são os seus mais próximos que ali estão”.
“Está nas mãos do Governo fazer alguma coisa para que Portugal possa caminhar para sair deste ciclo infernal em que nos encontramos há tantos anos.”
Para Bernardo Ferrão, este é um “novo ciclo” em que “já não há desculpas” para António Costa e o PS, por exemplo, com a geringonça.
Sobre o discurso do primeiro-ministro, acredita que “vai ser na lógica de traçar objetivos e de falar muito do PRR, e de criar novas esperanças.”
“António Costa tem de apontar aqui para algum caminho que nos traga alguma luz ao fundo do túnel, mas que seja uma luz verdadeira e evidente, que não seja mais um decretar de um fim de qualquer coisa ou do início de qualquer coisa que depois não se confirma.”
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