A conclusão é do Tribunal de Contas que avaliou a resposta do Serviço Nacional de Saúde na área oncológica. O acesso a consultas e a rastreios também se degradou, em grande parte devido à pandemia.
O Tribunal de Contas (TC) concluiu que entre 2017 e 2020 o número de doentes com cancro operados fora do tempo recomendado aumentou. Durante este período o TC analisou a atividade do Serviço Nacional de Saúde e explicou que estes atrasos se devem à pandemia.
O relatório divulgado mostra que há assimetrias regionais no que toca aos procedimentos cirúrgicos de doentes oncológicos e que, mesmo com um aumento da atividade, não se registaram melhorias significativas.
Entre 2019 e 2020, houve um aumento nos tempos médios de espera, um menor número de primeiras consultas e uma redução acentuada na atividade.
No que toca à prevenção de doenças oncológicas registou-se uma falha nas metas desejadas. Muitos rastreios foram suspensos durante meses, o que levou a que muitos cancros ficassem por identificar.
O Ministério da Saúde, em resposta à SIC, afirmou que nem todos os setores foram afetados pela Covid, uma vez que as novas terapêuticas revelaram um aumento da procura.
O Ministério revelou que em 2021, o SNS melhorou em praticamento todos os parâmetros comparativamente a 2019.
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