Iniciativa arrancou há um mês e quase todos os pais aproveitam a oportunidade de dormirem no hospital durante o internamento da mãe e do recém-nascido
Quando o trabalho é a dobrar, dois braços apenas não chegam.
Amália e Laura nasceram prematuras, pouco peso, com saúde. Vieram diretas do bloco de partos para o internamento, onde têm a mãe e o pai ao lado delas, de dia e de noite.
Há cerca de um mês que o Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, permite ao pai acompanhar o processo todo.
Autoriza que ele ou outro acompanhante passe as noites junto da mãe e do recém-nascido. Podem estar dentro do bloco de partos e depois no quarto.
Entre as 14:00 e as 07:30 da manhã seguinte, todos os dias do internamento, o pai pode dormir num cadeirão rebatível, ao lado do bebé e da mãe.
E, mesmo com pouco descanso, já se nota que a medida, ainda pouco frequente em hospitais públicos, já traz resultados.
No ano passado nasceram 1400 crianças neste hospital.
Há muito tempo que os profissionais queriam implementar esta abertura à pernoita do pai no serviço de obstetrícia. Foi possível, pela primeira vez, na noite de consoada.
Desde então, 90% dos pais que por aqui passaram, escolheram passar a noite.
