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Hospital de Setúbal: autarquia critica Ministério da Saúde e pede empenho para resolver o problema

Durante a madrugada, o serviço de urgências passou a receber, novamente, doentes encaminhados pelo INEM.

Hospital de Setúbal: autarquia critica Ministério da Saúde e pede empenho para resolver o problema

A urgência do hospital de Setúbal já está a receber doentes graves encaminhados pelo INEM. A elevada afluência que se registou durante o fim-de-semana obrigou o hospital a desviar doentes urgentes.

A madrugada desta segunda-feira foi mais calma, o que ajudou a aliviar o serviço de urgência e a equilibrar os tempos de espera. Às 08:00, o hospital passou a receber novamente doentes encaminhados pelo INEM.

Durante o fim-de-semana, a afluência foi grande e a urgência entupiu. O hospital teve de pedir ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes para os encaminhar para outras unidades de saúde. No entanto, manteve o atendimento a quem se dirigiu à urgência pelos próprios meios.

A falta de capacidade de resposta é frequente e merece críticas da autarquia. O presidente da Câmara gostava de ver mais empenho por parte do Ministério da Saúde, que acusa de dar informações que induzem em erro.

“Quiseram tapar o sol com a peneira, como se costuma dizer, dizendo que em novembro vieram para o hospital 60 novos médicos para o hospital. É preciso dizer que esses 60 novos médicos são alunos que acabaram o curso e que vem fazer formação. Não são profissionais que tenham as condições para, por si, dar resposta as necessidades”, afirma André Valente Martins.

O serviço de urgência não é o único em situação crítica no hospital. Os problemas já levaram a demissão em bloco de quase 90 diretores e coordenadores. A pandemia só agravou o estado das coisas e o cansaço dos profissionais.

Também as obras de ampliação do hospital foram anunciadas em outubro, mas ainda não arrancaram. As obras de ampliação são consideradas fundamentais e os constantes atrasos têm gerado desagrado entre os profissionais.

O concurso público caiu porque o dinheiro não cobriu as propostas dos construtores. O projeto já tinha sido feito há alguns anos, atualmente está desatualizado e abaixo do preço de mercado. Na semana passada, o Governo autorizou o aumento da verba em 10 milhões de euros e o novo concurso deve abrir em breve.

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