Eleições Legislativas

IL questiona o Governo: “Não infetados vão ser impedidos de votar?”

Iniciativa Liberal reagiu à reunião desta quarta-feira do Infarmed.

IL questiona o Governo: “Não infetados vão ser impedidos de votar?”

Especialistas de saúde pública e políticos voltaram a reunir-se esta quarta-feira na sede do Infarmed, em Lisboa, para avaliar a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal. 

A Iniciativa Liberal considera que Portugal está a entrar numa nova fase da pandemia de covid-19 e que isso traz “novas questões”. Defende que se deve parar de falar de casos “todos os dias” e que é preciso alterar as regras de isolamento. Sobre as eleições, deixa uma questão em particular: “Pessoas que não estão infetadas vão ou não vão ser impedidas de votar nas eleições de dia 30?” 

Numa declaração a que a SIC teve acesso, Rui Rocha, membro da Comissão Executiva do IL, diz que é necessária “melhor informação”, questionando, por exemplo, o perfil dos internados:  

“Os dados não são geríveis porque não são credíveis. Isso é uma primeira linha em que é preciso investir, mais e melhor informação.” 

O cabeça de lista por Braga fala sobre o aumento dos isolamentos e questiona o futuro da economia e escolas: “Isso traz uma possibilidade de disrupção da atividade económica e traz uma possibilidade de disrupção da atividade escolar”. 

Deixa ainda críticas ao Governo, dizendo que as escolas têm sido “muito prejudicadas” pela gestão que foi feita da pandemia.  

Afirma que a linha SNS24, urgências e centros de saúde continuam com “uma grande quantidade de situações que afetam a capacidade de resposta dos profissionais e dos serviços, que impedem que situações realmente graves sejam adequadamente tratadas”. 

A última questão levantada pelo IL é sobre as eleições e a possibilidade de 4 a 12% dos portugueses estarem em isolamento no dia 30 de janeiro.  

“Vai haver muita dificuldade em ter resultados credíveis e, mais do que isso, um direito essencial, que é o direito ao voto, pode ser gravemente afetado.” 

Rui Rocha conclui que é necessária uma nova abordagem para endereçar estas quatro questões e que “se deve parar de falar de casos todos os dias”. 

“Não importa, nesta altura, quantos casos existem. O que importa é a capacidade de resposta do sistema, das urgências, dos internamentos”.  

Sobre as regras de isolamento e quarentena, considera que devem ser alteradas: “Não podemos ter o país parado”. Quanto à vacinação, diz que é necessário vacinar as populações de risco e que a estratégia do Governo tem de ter repensada.  

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