A velocidade máxima nas estradas de Lisboa vai baixar 10 quilómetros. A medida, proposta pelo PAN, foi aprovada na quarta-feira com a abstenção do PCP e o voto contra do PSD.
As chamadas “Cidades 30 km” são uma tendência europeia que comprovadamente diminui o risco e a gravidade de sinistralidade rodoviária. A proposta defende também a promoção da utilização dos transportes públicos, tal como a “tendencial gratuitidade”.
A iniciativa “Contra a guerra, Pelo clima” obriga assim o executivo camarário a reduzir em 10 km/h a velocidade máxima de circulação permitida para: 30km/h nas vias de 3.º, 4.º e 5.º nível da rede viária (como a Almirante Reis ou a Avenida 24 de Julho), para 40km/h nas vias de 2.º nível (como a 2ª circular ou o eixo do Marquês de Pombal ao Campo Grande) e para 70km/h nas vias de 1.º nível (Eixo Norte-Sul).
Várias cidade europeias também adotaram ou estão a implementar medidas semelhantes para controlar o limite de velocidade e restringir o a circulação de veículos nas capitais.
Paris foi a primeira capital europeia a reduzir o limite de velocidade – passou de 50 para 30 quilómetros por hora – e a entrada de veículos anteriores ao ano de 2006 está proibida.
Londres segue a mesma linha de medidas e, este ano, entrou em vigor o limite máximo de 24 quilómetros por hora no centro da cidade.
Em Madrid, a redução do limite de velocidade foi de 20 a 50 quilómetros por hora, dependendo do número de vias, e as multas podem chegar aos 600 euros.
Na cidade de Lisboa, foi ainda aprovada a eliminação do trânsito automóvel na Avenida da Liberdade aos domingos e feriados. E decidido que o corte do trânsito automóvel aos domingos deve ser alargado a todas as freguesias, aplicando-se a “uma artéria central (ou mais) com comércio e serviços locais, para que todos os fregueses de toda a cidade possam experimentar fazer as suas deslocações de proximidade a pé de forma segura e confortável sem necessitar do automóvel próprio”.
Outras das medidas são estudar a criação de um programa de eletrificação da frota de táxis da cidade; “favorecer e facilitar o teletrabalho no município de Lisboa, sempre que possível, e respeitando a vontade do trabalhador”; a preparação de candidaturas ao programa de apoio “Edifícios mais Sustentáveis” que antecipe necessidades identificadas junto de cidadãos economicamente vulneráveis; e de uma campanha informativa que consista num guia prático com medidas de redução do desperdício energético nos edifícios e casas.