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Marcelo diz que caos nas urgências é “sinal de febre” e espera que diálogo seja o “medicamento”

“Eu acho que a interlocução tem de ser, obviamente, entre o Governo e os sindicatos”, disse o chefe de Estado.

Marcelo diz que caos nas urgências é “sinal de febre” e espera que diálogo seja o “medicamento”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira esperar que os sindicatos dos médicos e o Governo cheguem a acordo nas negociações das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Eu acho que a interlocução tem de ser, obviamente, entre o Governo e os sindicatos. (…) É um problema de sindicatos, laboral, e do Governo. Espero que cheguem a acordo”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Castanheira de Pera, distrito de Leiria.

O chefe de Estado salientou que “há duas situações diferentes, uma é o planeamento geral relativamente à saúde, outra coisa é a resolução de um ponto concreto desta crise, que foi a crise dos obstetras e das urgências e do pagamento das urgências”.

“Uma coisa é o panorama geral que vai ter de ser debatido, ponderado e decidido depois, porque não se reduz apenas à questão da urgência dos obstetras”, declarou, considerando a questão das urgências de ginecologia/obstetrícia um “sinal de febre”.

Quanto a esse sinal de febre, o Presidente da República manifestou o desejo de que “seja possível encontrar, como acontece muitas vezes na febre, aquele que é o medicamento para resolver concretamente esse ponto para já“.

“Vamos esperar que o diálogo permita”, acrescentou, reconhecendo que “há uma coisa ainda mais importante e mais longa, que são os meses de julho, agosto e até setembro”.

“Eu espero pensando no problema geral – não se pode separar completamente uma coisa da outra – haja no diálogo possibilidade de encontrar uma forma de prevenir para o verão em que estamos a entrar a não repetição de casos como este”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa.

Os sindicatos entregaram esta sexta-feira ao Governo uma contraposta conjunta a exigir um “compromisso negocial” das condições de trabalho dos médicos do SNS e que rejeita a solução “avulsa e pontual” apresentada na quinta-feira.

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