A ministra da Saúde, Marta Temido, justifica os problemas nas urgências de obstetrícia com a pandemia e a queda do Governo. Ouvida esta sexta-feira de manhã no Parlamento, a pedido do Chega, Marta temido disse ainda que não quer explorar mortes nem o sofrimento das famílias.
No final de uma semana debaixo de duras críticas, a ministra começou por dizer ao que não vinha.
Admite falhas e problemas estruturais. No entanto, diz também que há soluções, como a nova lei de bases da saúde, que ficaram em banho maria, mas não por culpa própria.
O Bloco de Esquerda respondeu a dizer que os problemas já eram anteriores.
O debate de urgência foi pedido pelo Chega. André Ventura acusa a ministra de ter andado escondida e de agora apresentar apenas uma comissão.
A direita diz que o recurso aos privados chega tarde. À esquerda, o ataque é precisamente o oposto.
O caminho do Governo passa por tentar um acordo com os sindicatos. No final do debate, o PS defendeu que os ataques só têm como objetivo deitar abaixo a ministra.
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