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Morte de criança em Setúbal: Jéssica estava sinalizada pela proteção de menores desde bebé 

Caso já tinha seguido para o Ministério Público.

Morte de criança em Setúbal: Jéssica estava sinalizada pela proteção de menores desde bebé 

A menina de três anos que morreu em Setúbal, por alegados maus-tratos, estava sinalizada pela proteção de menores. Há dois anos que o caso seguiu para o Ministério Público.

Quando, por algum motivo, chega um alerta à Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), há procedimentos que têm de ser cumpridos e isso passa pelo acordo dos pais para que possam ser tomadas medidas.

Sem o consentimento dos pais, o caso segue para a justiça e uma decisão pode não chegar a tempo.

A escola pode ter um papel crucial na identificação de casos de crianças em perigo, mas, neste caso, nem isso foi possível.

A menina não frequentava nenhum estabelecimento de ensino, estava entregue a esta mãe, a esta ama, sem qualquer supervisão”, revela Melanie Tavares, do Instituto de Apoio à Criança.

Jéssica estava sinalizada desde os primeiros meses de vida.

“Toda a sociedade falha cada vez que uma criança está desprotegida (…) infelizmente é impossível prevenir todas as tragédias, não só com crianças, mas com todas as pessoas”, lamenta Rosário Farmgouse, presidente da CPCJ, em entrevista à SIC.

Só no ano passado, e de acordo com o relatório anual, chegaram à proteção de menores cerca de 43 mil comunicações de perigo.

Entre os principais motivos que levam a que sejam comunicadas situações de crianças e jovens em perigo estão episódio de violência doméstica, negligência ou quando o direito à educação é posto em causa.

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