Nelma Kodama nega pertencer a uma rede internacional de tráfico de droga, através da qual faria parte da maior organização criminosa do Brasil. A mulher, que foi detida em Portugal na semana passada, diz que as escutas telefónicas que a ligam ao negócio da droga foram retiradas do contexto e referem-se apenas à compra e venda de ouro.
A SIC teve acesso às conversas telefónicas e mensagens de Whatsapp entre Nelma e o então namorado, Rowels Magalhães – que foi também detido. Segundo a polícia federal, estas mostram que havia entre eles uma pareceria no tráfico internacional de droga.
O advogado de Nelma diz que há um erro de interpretação das autoridades brasileiras. Depois de ter visitado a sua cliente na prisão de Tires, Adib Abouni assegura que as conversas se referem a investimentos legais em metais preciosos.
Os documentos da polícia federal, consultados pela SIC, revelam que, neste negócio internacional, estaria também envolvido o Primeiro Comando da Capital (PCC) – a maior organização criminosa do Brasil.
Nelma Kodama garante estar a ser vítima de uma armadilha por ter denunciado o processo Lava Jato. Permanece detida em Tires, isolada das outras reclusas, a aguardar o pedido de extradição das autoridades brasileiras.
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