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Novo aeroporto teve várias localizações nos últimos anos. Recorde quais

Solução do Governo passa pelo Montijo e por Alcochete.

Novo aeroporto teve várias localizações nos últimos anos. Recorde quais

O Governo anunciou esta quarta-feira que vai avançar com uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passa por avançar com a opção Montijo e Alcochete. Mas, nos últimos anos, já foram várias as localizações apontadas para o novo aeroporto. Sabe quais são?

A discussão de alternativas ao aeroporto Humberto Delgado já não é novidade e, nos últimos anos, foram apontadas várias opções para a construção de um novo aeroporto.

A base aérea do Montijo, que acaba por ser a escolhida juntamente com Alcochete, foi a primeira solução apontada pelo Executivo e mostrou-se sempre a solução mais vantajosa, se comparada com Sintra e Alverca que também chegaram a estar em cima da mesa.

Além de não apresentar problemas relativos ao espaço para estacionamento de aviões nem ter o terreno acidentado, esta localização permite o processamento de 72 movimentos por hora.

É também a solução com um custo mais reduzido e com um tempo de execução mais rápido.

Por outro lado, poderá ter um impacto ambiental negativo no Estuário do Tejo – avaliação que ainda estará a ser analisada.

Ainda em 2019, Pedro Santana Lopes defendeu a construção do novo aeroporto em Alverca, apontando para “ganhos ambientais e socioeconómicos”.

A proposta previa que a infraestrutura da Força Aérea contasse com a construção de mais uma pista – totalizando quatro – e que fosse capaz de gerir 75 milhões de passageiros e 500 mil movimentos anuais de aviões.

Na altura, foi também referida a “proximidade” da base aérea do Montijo ao centro da cidade de Lisboa, com “boa acessibilidade ferroviária”, cujo custo não seria superior ao da primeira opção.

No entanto, a base militar de Alverca apresentava várias limitações de espaço para estacionamento de aeronaves.

Outra alternativa apontada à Portela foi a base aérea de Sintra que, por ter o terreno acidentado, obrigava a um maior investimento para nivelar a pista. Por outro lado, teria incompatibilidades com o tráfego aéreo do aeroporto Humberto Delgado.

O Aeroporto de Beja surgiu também em debate, até porque se encontra certificado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil e é um dos quatro aeroportos portugueses que podem receber voos internacionais.

Ainda este mês, o presidente da Câmara de Cuba, no distrito de Beja, propôs a realização de um estudo independente sobre “as capacidades de resposta” do Aeroporto de Beja, para avaliar a possibilidade deste ser uma alternativa a Lisboa e Faro.

Na opinião do autarca, o Aeroporto de Beja “poderia estar a ter todo o tipo de aproveitamento, fundamentalmente na carga”, mas “também na vertente de passageiros”.

Um estudo realizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) apontou também o Campo de Tiro de Alcochete como uma alternativa à Portela, até porque tem mais margem de manobra para uma futura expansão que o Montijo.

Segundo Laura Caldeira, presidente do LNEC, Alcochete parece ser a solução mais adequada a longo prazo, apesar de a construção ser mais morosa.

Montijo e Beja sempre foram as duas opções mais fortes, no entanto, nunca nenhuma foi consensual.

De acordo com o Ministério das Infraestruturas, o plano anunciado esta quarta-feira passa por acelerar a construção do aeroporto do Montijo, para estar operacional em 2026, e concretizar o de Alcochete. Quando este estiver concluído – a previsão é para 2035 -, o Governo prevê fechar o aeroporto Humberto Delgado.

Esta solução surge como resposta ao aumento da procura do atual aeroporto de Lisboa, que não chega para responder às necessidades da cidade.

Num primeiro momento, o Executivo decidiu não adjudicar a avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto de Lisboa ao consórcio COBA/Ineco, e entregar ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) essa avaliação.