País

Dark web: “Um sítio onde se fazem quase leilões de morte”

O comentador da SIC, Nuno Rogeiro, analisa a tentativa de atentado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Dark web: “Um sítio onde se fazem quase leilões de morte”

Começa por referir que estes casos “não são normais em Portugal” e que “não temos casos parecidos nos últimos tempos”, justificando pelas diferentes “condições da sociedade portuguesa” em relação a outros países.

No entanto, o comentador destaca que “Portugal é hoje um país onde há uma grande internacionalização, com muitos contactos e com pessoas que são representantes de entidades de fora”.

“Têm ideias que pareciam impossíveis há dez, quinze anos atrás”, diz, acrescentando que o país se encontra a sair “da nossa tranquilidade para aquilo a que devemos chamar de ‘normalidade internacional’, que é absolutamente anormal”.

De acordo com Nuno Rogeiro, o suspeito utilizou a “Dark Web”, uma parte da Internet obscura e inalcançável, por necessitar de softwares, configurações ou autorizações específicas para o acesso, mas que o comentador da SIC refere ser “um sítio essencialmente de atividades ilícitas”.

Acrescenta que a entrada na “Dark Web” “é logo um sinal de alarme”, tratando-se de “um sítio onde se fazem quase leilões de morte”.

Desta forma, considera que o ato que o suspeito levaria a cabo se trata de um “processo de ‘copycat’, de imitação de vários atos que se deram no exterior”.

Nuno Rogeiro aponta ainda que poderá ser “um crime com motivações político-ideológicas e, por isso, está incluído no chamado crime de terrorismo”.

“Não era um projeto de vingança pessoal, tinha outra dimensão que o aproxima dos chamados crimes políticos”, acrescenta.

O comentador termina referindo que “a Policia Judiciária age, em Portugal, de uma forma perfeitamente exemplar”.