O juiz Carlos Alexandre não vai a julgamento no caso de abuso de poder na Operação Marquês, o processo que envolve José Sócrates. A defesa do antigo primeiro-ministro queria ver o juiz responder pela distribuição manual do processo, mas o Tribunal da Relação de Lisboa decidiu ilibar o magistrado.
O juiz desembargador diz que a versão de José Sócrates não está minimamente fundamentada. Considera que não houve conluio entre Carlos Alexandre e a funcionária judicial para que os processos mediáticos fossem parar às mãos do juiz de instrução.
Além disso, a relação de Lisboa diz que não ficou provada a intenção de Carlos Alexandre em querer prejudicar o antigo primeiro-ministro.
Em 2014, o Processo Marquês foi entregue a Carlos Alexandre através de uma distribuição manual. Para justificar, a defesa do juiz disse que à data o sistema informático dos tribunais, o Citius, estava com constrangimentos que impossibilitaram durante meses a distribuição eletrónica, como manda a lei.
Perante a falta de provas, Carlos Alexandre e a funcionária judicial não vão a julgamento. Estavam em causa os crimes de abuso de poder, falsificação praticada por funcionário e denegação de justiça.
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