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Operação Merluccios: dois militares da GNR detidos por suspeitas de crimes de corrupção

O Subdestacamento de Controlo Costeiro de Peniche da GNR foi um dos edifícios alvo de buscas.

Operação Merluccios: dois militares da GNR detidos por suspeitas de crimes de corrupção

A Polícia Judiciária (PJ) informa, esta quarta-feira, que está em curso uma investigação a “factos suscetíveis” da prática de “crimes de corrupção passiva e corrupção ativa e de tráfico de estupefacientes” que envolvem elementos da GNR. Cinco homens, entre os quais dois militares da GNR, foram detidos e várias buscas realizadas, incluindo ao Subdestacamento de Controlo Costeiro de Peniche.

Através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, a PJ revela que está a investigar, “além de outros, factos suscetíveis de enquadrar a prática de atos que consubstanciam os crimes de corrupção passiva e corrupção ativa e de tráfico de estupefacientes, por elementos da GNR, relacionados com o recebimento de contrapartidas, com a finalidade de evitar as fiscalizações a empresários“, lê-se no comunicado divulgado esta quarta-feira.

No âmbito desta operação designada Merluccios, e que está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria, “detidos cinco homens, com idades compreendidas entre os 46 e os 53 anos e realizadas onze buscas, sendo oito em domicílios, duas em sedes de empresas e uma ao Subdestacamento de Controlo Costeiro de Peniche da GNR“.

Os detidos vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Leiria, para aplicação de medida de coação. Refere ainda a PJ que as investigação prossegue.

GNR confirma buscas e detenção de dois militares

Em comunicado enviado às redações, a Guarda Nacional Republicana (GNR) não só confirma as buscas como revela que dos cinco detidos, dois são militares da GNR.

Cumpre informar que ontem, dia 5 de abril de 2022, foram realizadas buscas no Subdestacamento de Controlo Costeiro de Peniche da GNR, tendo sido detidos 2 militares da GNR“, refere a autoridade, garantindo que ter prestado “toda a colaboração durante as diligências processuais levadas a cabo pela PJ”.

Além disso, a GNR informa que procederá “ao levantamento do respetivo procedimento disciplinar inerente a este tipo de situações”, vincando o que diz ser o seu “compromisso de tolerância zero a todas as formas de corrupção, e outros fenómenos de criminalidade, pautando a sua atuação diária pela primazia da segurança e da salvaguarda de todo e qualquer cidadão”.