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PAN considera sensata revogação do despacho do ministro das Infraestruturas sobre novo aeroporto

Inês Sousa Real olha “com alguma preocupação” para “esta instabilidade” no Governo.

PAN considera sensata revogação do despacho do ministro das Infraestruturas sobre novo aeroporto

A porta-voz do PAN considerou esta quinta-feira que o recuo na solução Montijo/Alcochete proposta para o novo aeroporto de Lisboa é “uma decisão sensata” e que cabe ao primeiro-ministro esclarecer se mantém a confiança no ministro das Infraestruturas.

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“A decisão de travar este despacho é uma decisão sensata, ajuizada. Devemos aguardar pela avaliação ambiental estratégica para precisamente percebermos qual a melhor solução para o país”, sustentou Inês Sousa Real, em declarações nos Passos Perdidos do parlamento.

Questionada pelos jornalistas sobre se o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, tem condições para continuar a exercer funções, a deputada única do PAN respondeu que “só próprio primeiro-ministro poderá vir esclarecer e o próprio ministro também”.

No entanto, Inês Sousa Real disse que olha “com alguma preocupação” para “esta instabilidade” no Governo: “A solução que Portugal venha a adotar é demasiado relevante, quer do ponto de vista da coesão territorial e social, quer do ponto de vista ambiental. Não se coaduna com processos como aquele a que estamos a assistir”.

A deputada acrescentou que o executivo socialista devia auscultar todos os partidos sobre esta matéria, em vez de “procurar única e exclusivamente o PSD”, e mostrou-se surpreendida pela falta de “auscultação do Presidente da República”.

O primeiro-ministro determinou esta quinta-feira a revogação do despacho publicado na quinta-feira sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa e reafirmou que quer uma negociação e consenso com a oposição sobre esta matéria, dá conta um comunicado hoje divulgado pelo gabinete de António Costa.

No comunicado, o primeiro-ministro “reafirma que a solução tem de ser negociada e consensualizada com a oposição, em particular com o principal partido da oposição e, em circunstância alguma, sem a devida informação previa ao Presidente da República”.

“Compete ao primeiro-ministro garantir a unidade, credibilidade e colegialidade da ação governativa. O primeiro-ministro procederá, assim que seja possível, à audição do líder do PSD que iniciará funções este fim de semana para definir o procedimento adequado a uma decisão nacional, política, técnica , ambiental e economicamente sustentada”, acrescenta-se no comunicado.

Com LUSA

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