Política

Centeno chamado ao Parlamento para explicar remunerações (e não só) praticadas no Banco de Portugal

O requerimento, para o governador Mário Centeno ser ouvido sobre a política de recursos humanos do Banco de Portugal, nomeadamente as remunerações dos consultores, foi apresentado pelo Chega e aprovado por unanimidade.

Centeno chamado ao Parlamento para explicar remunerações (e não só) praticadas no Banco de Portugal
RODRIGO ANTUNES

Os deputados aprovaram hoje por unanimidade um requerimento do Chega para o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ser ouvido sobre a política de recursos humanos do BdP, nomeadamente as remunerações dos consultores.

No requerimento, o Chega aponta, sem referir nomes, o caso recentemente vindo a público de um dos quadros do Banco de Portugal "a exercer funções de consultor do Conselho de Administração, e a auferir uma remuneração de cerca de 15 mil euros".

Notando que não existe informação sobre as tarefas específicas destes consultores, nem quantas pessoas estão a exercer este tipo de funções no presente momento, nem informação sobre quais os critérios de recrutamento específicos para este tipo de funções e que a lei orgânica do Banco de Portugal (BdP) também não é explícita sobre o tema, o partido justifica assim, o pedido de audição a Mário Centeno.

Além de Mário Centeno, será também chamada à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, a administrador da BdP Helena Martins Adegas, a quem está atribuído o Departamento de Pessoas e Estratégia Organizacional (DPE).

A sugestão para que a administradora fosse também ouvida partiu de Hugo Carneiro, do PSD, tendo sido aceite.

Na apresentação do requerimento, o deputado Rui Afonso do Chega salientou a necessidade de o país ser informado sobre os custos em que incorre uma instituição como o BdP.