Política

“Não é compreensível”: Ventura critica chumbo da lei dos estrangeiros e acusa Constitucional de “espírito de esquerda”

O Tribunal Constitucional considerou inconstitucionais várias normas da lei dos estrangeiros, que tinha sido enviada para fiscalização preventiva pelo Presidente da República. O Chega mostrou-se indignado com a decisão.

“Não é compreensível”: Ventura critica chumbo da lei dos estrangeiros e acusa Constitucional de “espírito de esquerda”
ANTÓNIO COTRIM

Poucos minutos depois de ter sido conhecido o chumbo à lei dos estrangeiros, André Ventura criticou, na rede social X, a decisão anunciada esta sexta-feira pelo Tribunal Constitucional.

O líder do Chega fala numa deliberação que “não é compreensível” e diz que o “espírito de esquerda se apoderou das instituições”. 

“A decisão de inconstitucionalidade sobre a lei dos estrangeiros não é compreensível. Não há nenhum direito familiar que se sobreponha à segurança do país e das suas fronteiras. É um espírito de esquerda que se apoderou das instituições e contraria aquilo em que os portugueses votaram no dia 18 de Maio”, escreveu Ventura. 

A decisão do Tribunal Constitucional foi anunciada mais de uma hora depois do horário previsto para a leitura pública, feita pela juíza relatora Joana Fernandes Costa. 

Na sequência do acórdão, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa já fez saber que vetou as alterações à lei dos estrangeiros, devolvendo o diploma ao Parlamento, para que sejam retiradas as normas que violam a Constituição. 

A lei foi aprovada a 16 de julho com os votos favoráveis do PSD, Chega e CDS e com a abstenção da Iniciativa Liberal. PS, Livre, PCP, BE, PAN e JPP votaram contra o diploma do Governo. 

Dias mais tarde, o Presidente da República pediu ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva das normas sobre reagrupamento familiar, prazos de apreciação de pedidos pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e o direito de recurso.