Portugal desaconselhou hoje as viagens para a Ucrânia que não sejam estritamente essenciais, devido à tensão militar crescente junto às fronteiras com a Rússia, e sugeriu a quem se encontre em território ucraniano que pondere “sair temporariamente do país”.
“Devido à tensão militar crescente junto às fronteiras da Ucrânia, não sendo de excluir um agravamento da situação de segurança, desaconselham-se as viagens para a Ucrânia que não sejam estritamente essenciais”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, num aviso publicado no Portal das Comunidades Portuguesas.
Além dessa indicação, sem natureza vinculativa e suscetível de alteração a qualquer momento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselhou que os cidadãos que se encontrem atualmente na Ucrânia e “se a sua presença não for absolutamente necessária” ponderem “sair temporariamente do país”.
“Não se recomendam quaisquer viagens para a região do Donbass [no sudeste da Ucrânia] ou para zonas próximas da fronteira com a Federação Russa e com a Bielorrússia”, avisou o Governo português.
EUA e vários países da União Europeia emitiram instruções para deixar a Ucrânia
Uma guerra na Ucrânia está iminente, reitera Washington, pedindo aos seus cidadãos que deixem o país. Vários países da União Europeia, entre outros a Alemanha, Espanha, Bélgica, Estónia e Lituânia, também emitiram instruções para deixar a Ucrânia.
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev ordenou hoje a retirada do seu pessoal não essencial, depois de Washington ter alertado para a iminência de uma ofensiva russa contra a Ucrânia.
Na atualização de hoje do alerta de segurança, o Departamento de Estado anunciou o encerramento dos serviços consulares na embaixada em Kiev a partir de domingo.
O Reino Unido, a Noruega e a Dinamarca também já pediram aos seus cidadãos que deixem a Ucrânia na sexta-feira, enquanto ainda existem meios comerciais disponíveis para o fazer.
Espanha garantiu que tem o dispositivo de retirada para os espanhóis pronto para o caso de ter de ser ativado.
A União Europeia decidiu, por seu turno, permitir que funcionários “não essenciais” na representação diplomática em Kiev deixassem a Ucrânia.
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