Os trabalhadores de limpeza do Hospital de São João, no Porto, estão em greve e manifestaram-se na manhã desta segunda-feira junto ao hospital. Querem ter direito às tolerâncias de ponto dadas à função pública e a um subsídio de risco.
Na passada sexta-feira, começou a paralisação dos trabalhadores de limpeza do Hospital São João e que durará até às 00:00 desta segunda-feira, com uma adesão de 90%, segundo o sindicato.
São cerca de 200 profissionais que exigem o direito às tolerâncias de ponto dadas à função pública. A Euromex, empresa que presta o serviço de limpeza ao hospital do Porto, previa arrancar com as negociações com a administração, mas recuou.
“A Euromex começa por dizer que está disponível para financiar 50% do custo que poderia ter (…) certo é que de um dia para o outro mudou de posição”, disse Eduardo Teixeira do STAD (Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas).
Os profissionais de limpeza também querem voltar a ter subsídio de risco, que lhes foi retirado há alguns anos.
“As pessoas levam com muita coisa aqui dentro, inclusive o covid-19 e a gripe A. São doenças que nós podemos transportar para casa e as nossas famílias também correm riscos”, explica a trabalhadora do Hospital S. João, Cátia Soares.
A SIC tentou contactar a Euromex que garantiu que esta greve tem como único propósito obter benefícios que a lei não prevê. Recordou ainda que no contrato coletivo de trabalho, o Carnaval está assegurado aos funcionários, mas todos as outras tolerâncias de ponto encontram-se sem disposição legal.
