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Seca e transição energética: os grandes desafios ambientais de Costa

Preço da energia e ausência de chuva influenciam medidas para a próxima legislatura.

Seca e transição energética: os grandes desafios ambientais de Costa

A seca e a transição energética são os dois maiores desafios ambientais da próxima legislatura: a energia está sucessivamente mais cara, apesar do surgimento de alguns apoios; já a ausência de chuva pode complicar, nos próximos meses, a produção agrícola e pecuária, e até o consumo de água para a população em geral.

Primeiro desafio: a seca

Portugal está a atravessar uma situação de seca e o Instituto do Mar e da Atmosfera avança com a probabilidade de 80% para este ano ser seco.

O Ministro do Ambiente já fez um apelo à poupança de água e impôs restrições à produção de energia, nas barragens de Vilar/Tabuaço, Cabril, Castelo de Bode, Alto Lindoso e Alto Rabagão. Na Barragem da Bravura, está suspenso o uso para rega.

Só a Barragem de Castelo de Bode abastece cerca de 80% da região da Grande Lisboa, num total aproximadamente de três milhões de pessoas.

Segundo desafio: a transição energética

Em 2021, encerraram, no país, duas centrais elétricas alimentadas a carvão – em Sines e Pego -, e ainda uma refinaria de petróleo, em Matosinhos.

A data de 20 de Novembro de 2021 foi assinalada como o primeiro dia em que Portugal deixou de usar carvão na produção de eletricidade.

No entanto, há críticas nesta alteração, que passam, nomeadamente, pela importação de 10% da eletricidade a Espanha – parte desta chega da Central em Aboño, nas Astúrias, onde a energia é produzida através do carvão.

Nos últimos meses, os preços da energia têm aumentado, atingindo recorde históricos na eletricidade, no gás natural e nos combustíveis.

O Governo tem tentado travar os preços ao consumidor, mas se os sucessivos aumentos dos preços na produção continuarem, o consumidor acabará por pagar mais pela energia e, consequentemente, pelos bens de primeira necessidade.