O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, disse esta quarta-feira que não tem “intervenção direta” no processo de acolhimento de refugiados, existindo apenas quando há “ameaças para o risco e tranquilidade” que ponham em causa a segurança nacional.
“Não tenho intervenção direta no processo de acolhimento de refugiados. Posso vir a ter se houver ameaças para o risco e tranquilidade para a ordem pública que ponha em causa a segurança nacional” disse Paulo Viseu Pinheiro numa audição no Parlamento a propósito do caso do acolhimento de refugiados da guerra na Ucrânia na Câmara de Setúbal, alegadamente, por apoiantes do regime russo.
O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) começou a audição a explicar quais são as suas funções, referindo que não tutela as polícias e os órgãos de polícia criminal, mas tem uma função de coordenação e cooperação entre as forças e serviços de segurança.
Paulo Vizeu Pinheiro ressalvou que tudo o que tem a ver com os serviços de informação está obrigado ao segredo de estado, mas garantiu que os mecanismos estão a funcionar e que “não há falta de informação”.
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