O suspeito de planear um ataque na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e travado pela Polícia Judiciária tem 18 anos e é natural de uma aldeia do concelho da Batalha, em Leiria.
Apesar de ser descrito como pouco sociável, o jovem não demonstrava que pudesse vir a ter alguma atitude violenta, segundo os relatos dos habitantes da aldeia, que receberam a notícia com “muita surpresa e incredibilidade”.
Em declarações à SIC, um dos habitantes confessa que “está toda a gente em choque”.
Num discurso emocionado, fala numa família “exemplar, bondosa e do melhor que pode haver”, reconhecendo que o jovem “não devia estar bem”.
O jovem de 18 anos foi detido na quinta-feira pela Polícia Judiciária, nos Olivais, em Lisboa, por suspeitas de planear um “atentado terrorista” que iria levar a cabo esta sexta-feira. A PJ diz ter assim impedido uma “ação terrorista” e ter apreendido várias armas proibidas.
Em comunicado com o título “Impedida ação terrorista”, a PJ diz que a investigação que levou à detenção foi desencadeada “por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa”. O suspeito teria em sua posse armas proibidas e “outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos”.
A PJ informa ainda que foi apreendido um plano escrito com detalhes do ataque. Entre o material apreendido nas buscas na casa do jovem em Lisboa não havia armas de fogo. De acordo com o DN havia, porém, catanas, bestas, outras armas brancas e botijas de gás.
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