O Chega quer ultrapassar o PSD como principal líder da oposição. O Conselho Nacional do partido esteve este sábado reunido a analisar o resultado das eleições legislativas e André Ventura reagiu ao incidente com o Presidente da Assembleia da República.
O líder do Chega diz que interromper discursos não faz parte das regras e acusa Augusto Santos Silva de censura.
“É um caso evidente de censura”, diz Ventura sobre Santos Silva
André Ventura acusou o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, de “censura” ao ter “interrompido a meio” a sua intervenção no encerramento do debate sobre o Programa do Governo e prometeu “combate”.
“É um caso evidente de censura. É um mau começo para o mandato de Augusto Santos Silva, mas já percebemos todos o que é que esta legislatura vai ser. Vai ser de combate. E se Augusto Santos Silva quer combate, eu não ficarei para trás e continuaremos a assumir esse combate até ao fim”, declarou.
O deputado e líder do Chega afirmou que o partido registou com “profunda indignação” o que aconteceu com o presidente da Assembleia da República ao “mandar calar um deputado, ou interromper um deputado, para fazer uma avaliação sobre o seu conteúdo”.
Objetivo do Chega é ultrapassar o PSD na oposição
No mesmo discurso, Ventura afirmou que o objetivo do partido na atual legislatura é fazer “oposição cerrada ao Partido Socialista” e “ultrapassar o PSD” como principal partido da oposição.
“Este é um partido que sai deste Conselho Nacional com um mandato claro. Fazer oposição cerrada ao Partido Socialista, como já aconteceu neste debate do programa do Governo, fazer a oposição que o PSD não fez durante estes últimos anos. O objetivo agora é claro e não deixa margem para dúvidas a ninguém”, disse.
Na conferência de imprensa no âmbito do IX Conselho Nacional, André Ventura saudou os “resultados” conseguidos nas últimas eleições legislativas, em 30 de janeiro, e referiu que foi aprovado com mais de 65% dos votos o adiamento por um ano de todas as eleições dos órgãos do partido.