Para Daniel Oliveira, a cisão da Geringonça deu-se logo em 2019, António Costa quis fazer a Esquerda "refém" e tinha um plano para ir a eleições e Marcelo Rebelo de Sousa teve uma falha "inaceitável" em receber Paulo Rangel em Belém.
O comentador começou por referir que o PS quis ir a eleições, depois de uma cisão da Geringonça que aconteceu antes, em 2019, quando os socialistas não quiseram um acordo de legislatura com a Esquerda.
Acusa o primeiro-ministro de uma "habilidade de fazer crer que [a Geringonça] era eterna".
Explica Daniel Oliveira que o que uniu a Geringonça foi a vontade de combater as medidas da Troika em 2015, algo que mudou em 2019.
Defende ainda que António Costa "encontrou uma forma de ter maioria, sem a ter, que era fingir que a Geringonça continuava, mesmo sem acordo e com o BE e o PCP sem influência no Governo, obrigados a aprovar Orçamentos do Estado que não eram aplicados", sob pena de serem responsabilizados por uma crise política - como se sucede agora, defende.
Daniel Oliveira refere que a derrota do PS em Lisboa, para o PSD de Carlos Moedas, veio alterar o plano que o primeiro-ministro tinha para ir a eleições e alcançar um bom resultado.
Termina referindo que "são os partidos que se adaptam ao calendário do país, e não o contrário" - sobre a marcação de eleições em consonância com as escolhas internas dos partidos de Direita - e considera a receção do Presidente da República a Paulo Rangel "inaceitável".