Arranca esta segunda-feira a Convenção Nacional do Partido Democrata, que vai confirmar oficialmente o nome da candidata Kamala Harris às presidenciais norte-americanas. Durante quatro dias, em Chicago, os norte-americanos vão poder assistir a uma convenção que será marcada por protestos em torno da Palestina, mas também por fortes medidas de segurança.
Na prática não passará de cumprir a burocracia, mas a convenção democrata que leva Kamala Harris a Chicago vai reforçar os holofotes que a vice-presidente tem atraído desde que Joe Biden abandonou a corrida.
O United Center, que é a casa da mítica equipa de basketball Chicago Bulls, recebe durante quatro dias a festa do partido sob fortes medidas de segurança.
Nos arredores estão a concentrar-se milhares de jovens em protesto contra o apoio norte-americano a Israel e alguns receiam que a manifestação possa manchar a chegada de Kamala ao trono democrata.
Com menos de 80 dias até às eleições, Kamala procura prolongar o estado de graça que a coloca à frente de Donald Trump nas sondagens em vários estados decisivos.
E, para isso, a estratégia é sublinhar as diferenças com o republicano.
“Esta campanha tem que ver com o reconhecimento de que, francamente, ao longo dos últimos anos, tem havido uma espécie de perversão, penso eu, que consiste em sugerir que a medida de força de um líder baseia-se em quem se derruba, quando o que sabemos é que a verdadeira medida de força de um líder baseia-se em quem se eleva”, disse a candidata durante uma ação de campanha.
Trump ignora apelo de muitos democratas
Já Donald Trump ignora os apelos de muitos republicanos destacados para que pare com os ataques pessoais e fale mais de economia, mas talvez isso não seja simplesmente possível.
"As pessoas dizem, sê simpático. Já a ouviram rir? É o riso de uma doida. É o riso de uma lunática", afirmou o ex-presidente durante um comício.
A campanha para presidência nos Estados Unidos deixou de parecer previsível para se tornar, em poucas semanas, uma das mais incertas.
Trump parece ter perdido o impulso ganho com o último debate frente a Joe Biden e com a tentativa de assassinato. A média das sondagens nacionais aponta, para já, a vice-presidente Kamala Harris como favorita na corrida para a Casa Branca.