Na entrevista à SIC Notícias, Pedro Nuno Santos admitiu, na terça-feira, que os votos no Livre podem contribuir para uma vitória da AD, mas que o PS não colocou a hipótese de uma coligação pré-eleitoral com o partido de Rui Tavares.
João Miguel Tavares, o convidado desta semana do “Importa-se de Repetir?”, considera que Pedro Nuno Santos é quem está na “posição mais desconfortável”.
“Se a campanha não for ‘suja’, não tem muito por onde pegar. As políticas foram apresentadas há um ano, já todos sabemos o que são”, afirma.
E o “passado muito presente” de oito anos de governação socialista também não ajudam, acrescenta Bernardo Ferrão. “Não joga a favor de Pedro Nuno, apesar de tentar convencer e dizer que tem novas ideias”.
Em sentido contrário, Luís Montenegro tem “genuína hipótese de crescer para o lado do Chega”, defende João Miguel Tavares. Mas a “sensação” é que nem Montenegro nem Pedro Nuno “entusiasmam muito os portugueses”, acrescenta Ângela Silva.
O “grande beneficiário” do voto útil pode, por isso, ser o Governo, defende Bernardo Ferrão.
“Montenegro está a apostar muito nessa lógica. O Governo está instalado, tem ministros e está a trabalhar - é a melhor bandeira que tem para mostrar.”
O sobe e desce desta semana
- A subir: ‘via verde’ para imigração (escolha de Bernardo Ferrão)
- A descer: Fernando Gomes vs. Pedro Proença (escolha de Paulo Baldaia)
- A descer: restrições aos tuk tuk (escolha de Ângela Silva)
- A descer: Boaventura Sousa Santos (escolha de João Miguel Tavares)
Vai dar que falar
- Governo em campanha (escolha de Paulo Baldaia)
- Fernando Medina e o PS (escolha de Bernardo Ferrão)
- Kit de sobrevivência (escolha de Ângela Silva)
- Impacto da série “Adolescência” (escolha de João Miguel Tavares)
"Importa-se de repetir?" é o novo espaço de análise política com Bernardo Ferrão, Ângela Silva e Paulo Baldaia todas as quartas-feiras na Edição da Noite, da SIC Notícias. Todas as semanas, uma declaração da atualidade que tenha deixado dúvidas ou causado perplexidade é debatida.