Investigação SIC

Fuga de Fábio Loureiro: o caminho até Tânger, os procuradores marroquinos e a casa que serviu de refúgio

A investigação SIC percorreu o caminho do fugitivo da prisão de Vale de Judeus até Tânger, falou com a equipa de procuradores marroquinos e encontrou a casa que serviu de refúgio a Fábio Loureiro.

Loading...

A investigação SIC desta noite segue os detalhes da fuga de Fábio Loureiro, o único dos cinco fugitivos da prisão de Vale de Judeus capturado até agora. Fábio Loureiro foi encontrado em Tânger, Marrocos, na sequência de uma operação policial conjunta entre Portugal, Espanha e Marrocos. O detido será agora acusado não apenas pelos crimes pelos quais foi julgado em Portugal, mas também pela entrada ilegal em Marrocos.

A fuga começou a ser planeada meses antes, e no dia 7 de setembro, o criminoso - também conhecido como Fábio Cigano - e outros quatro detidos conseguiram escapar da prisão. Depois de deixar Portugal em direção ao sul, passou por Espanha e cruzou o Mediterrâneo até Marrocos, utilizando contactos antigos ligados ao tráfico de drogas para facilitar a fuga.

Em Tânger, Fábio encontrou refúgio com a ajuda de outro português, mas não tardou a ser recapturado. Foi apanhado pelas autoridades depois de a companheira viajar para encontrá-lo, sem saber que estava a ser vigiada. Fábio Loureiro enfrenta agora um processo de extradição, que pode ser prolongado.

A fuga acrescenta o crime de evasão à longa ficha criminal de Fábio Loureiro, que inclui cinco condenações anteriores, principalmente relacionadas com tráfico de droga. No primeiro julgamento, Fábio foi condenado a 11 anos de prisão, no segundo a 10 anos e seis meses, no terceiro a mais uma década, no quarto a um ano e seis meses e, no último, a 11 anos de prisão. Fábio Loureiro entrou pela primeira vez na cadeia em 2014 e, ao contrário do que seria de esperar, o limite destas condenações não é 25 anos de cadeia. O Tribunal de Execução de Penas fixa 44 anos de cadeia e uma data final: 2057.

Fábio Loureiro foi presente a um juiz para validar a detenção e segue-se agora um processo de extradição. A escolha do recluso evadido é permanecer em Marrocos e, se esse for o entendimento da justiça em Tânger, o próximo destino é uma prisão marroquina.