O social-democrata defende que o Presidente da República deveria ter tido conhecimento das suspeitas nas Forças Armadas e aponta que Portugal perdeu oportunidades com a atual crise política, já o socialista considera que a transmissão de informação sobre as investigações da alegada rede "não é juridicamente linear" e que António Costa "não tem medo da expressão 'maioria absoluta'".
Miguel Morgado defende que os crimes em causa na Operação Miríade são de "enorme gravidade" e que "o Presidente da República deveria ter sido informado", criticando João Gomes Cravinho, ministro da Defesa, pelas reformas nas Forças Armadas e pela proposta do Vice-Almirante Gouveia e Melo para Chefe do Estado-Maior da Armada.
Já o socialista Pedro Delgado Alves aponta que "não é juridicamente linear" se as mais altas figuras do Estado deveriam, ou não, ter acesso às investigações e às suspeitas do Ministério Público.
Morgado critica, de seguida, as missões da ONU em países em conflito, pelo seu "historial muito negro" de crimes sexuais e humanitários, ao que Delgado Alves alerta para o trabalho das Nações Unidas no combate a tais situações.
Por fim, relativamente às eleições legislativas que se aproximam, o social-democrata acusa o primeiro-ministro de não ter ideias para o futuro e de querer "dar uma lição ao Bloco de Esquerda", ao mesmo tempo que se "perdem oportunidades únicas" com a atual crise política.
Já o socialista considera que Costa não tem medo da expressão "maioria absoluta" e que há que destacar aspetos positivos na governação de António Costa, como "a redução do défice e da dívida pública".