Más Ações

Exclusivo SIC

As vítimas da campanha acionista do BCP têm rosto mas há muito que perderam a voz

No primeiro episódio da Grande Reportagem "Más Ações" conhecemos a história de Abílio Ferreira Abreu e Jaime Dias. Dois antigos funcionários do BCP que contam os efeitos negativos da campanha acionista de 2000-2001 na vida de ambos e das suas famílias e na vida de dezenas de antigos clientes do banco que ainda hoje carregam às costas o peso de uma dívida impagável.

As vítimas da campanha acionista do BCP têm rosto mas há muito que perderam a voz

Artur Oliveira e Fernanda Coutinho contam-nos a sua história no 2.º espisódio da Grande Reportagem "Más Ações".

Artur Oliveira perdeu 450 mil euros na campanha acionista do BCP. Antigo quadro superior da banca, Artur Oliveira deixou-se levar pelo canto da sereia. Hoje vive numa casa emprestada, no bairro onde chegou a integrar a elite da alta classe média de Lisboa. Para ver no segundo episódio na próxima quarta-feira, no Jornal da Noite.

Fernanda Coutinho e o marido acumularam 800 mil euros em três décadas na Venezuela. A irmã de Fernanda era funcionária do BCP e convenceu-a a investir em ações do banco. Em tribunal, Fernanda Coutinho perdeu todos os processos que colocou contra o BCP.

Maria José Coelho, ex-acionista do BCP é uma das vítimas do BCP. A Grande Reportagem SIC regressa a um passado nunca antes contado ao detalhe. “Más Ações” desvenda, em dois episódios, as marcas negativas da agressiva campanha acionista do BCP, dos anos 2000-2001. O banco de Jardim Gonçalves emprestou milhões de euros para gente descapitalizada comprar ações do próprio banco. Estreia brevemente na SIC e SIC Notícias.

Jaime Dias foi funcinário do BCP durante mais de duas décadas. Durante a campanha acionista vendeu milhares de ações a vizinhos, amigos, famíliares próximos. Muitos nunca lhe perdoaram.

Se estivesse cara a cara com Jardim Gonçalves "dizia-lhe que me deu cabo da vida"

Abílio Ferreira Abreu trabalhou nas agências do Marco de Canaveses e Penafiel. Na campanha acionista convenceu dezenas de clientes e a família a comprar ações do BCP. Comprou 30.000 ações que, na altura valiam 200 mil €. Hoje valem 72€. Abílio Ferreira carrega uma dívida há 20 anos. Não tem como pagar.

José Queiroga e Abílio Abreu, funcionários do BCP recordam a campanha dos anos 2000-2001 que provocou centenas de vítimas. Pequenos investidores que desconheciam o mercado das ações, mas que se deixaram levar.

Loading...

Jaime Dias conseguiu chegar a acordo com o banco, mas a campanha acionista foi a responsável pelo AVC que o limitou para sempre.

Loading...

O capitalismo popular é a marca soberana da campanha acionista do BCP dos anos 2000-2001. Centenas de pequenos acionistas deixaram-se arrastar pela onda e perderam tudo. A um escasso número de grandes acionistas a dívida foi perdoada. Em dois episódios, a Grande Reportagem SIC “Más Ações", recupera histórias de gente que se deixou levar. João Duque e o presidente do ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão analisa a campanha acionista do BCP.