Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos perplexo com Marcelo: "Declarações são preocupantes"

Veja o comentário de Pedro Nuno Santos na íntegra. Em análise, as negociações entre o Governo e os médicos, as polémicas declarações de Marcelo sobre a Palestina, a Associação Causa Pública e o acordo para a amnistia em Espanha.

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Pedro Nuno Santos olha para as polémicas declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o conflito entre Israel e a Palestina com “alguma perplexidade e preocupação”.

“As declarações do Presidente da República são preocupantes, não só pelo conteúdo, mas pela forma. O tom paternalista, a ligeireza...O Presidente da República não pode tratar um tema desta complexidade daquela maneira”, diz.

No comentário desta segunda-feira, na SIC Notícias, o ex-ministro ressalvou que Marcelo Rebelo de Sousa tem tido um papel fundamental na aproximação dos eleitos aos eleitores. No entanto, não deixou de criticar o facto de o Presidente da República, a ser ver, já ter ultrapassado “várias vezes” a fronteira “muito ténue” entre o "estar à vontade e o estar à vontadinha".

Pedro Nuno Santos aconselhou ainda Marcelo Rebelo de Sousa a “olhar para o secretário-geral da ONU [António Guterres] ou para o rei de Espanha”, que se tem empenhado nos apelos de paz.

“Envolvimento maior do ministro das Finanças é imprescindível”

Sobre a falta de acordo entre os médicos e o Governo, Pedro Nuno Santos disse ter “dificuldades em acreditar" que o impasse não tenha motivações financeiras, uma vez que está a ser causado pela falta de consenso nas grelhas salariais e no tempo de serviço, duas medidas com grandes custos.

Por isso, defende que o envolvimento do Ministério das Finanças nas negociações é “imprescindível”, acrescentando que este impasse entre médicos e o Executivo de António Costa “é o maior problema que o Governo tem hoje em mãos”.

“O ministro da Saúde não pode ser deixado sozinho”, defende.