Nos últimos três meses, o Serviço Nacional de Saúde esteve concentrado no combate à pandemia, mas os problemas que já afetavam o SNS, não só não desapareceram, como foram agravados.
Milhares de consultas e cirurgias ficaram suspensas e os pacientes não Covid-19 agravaram doenças. Ou porque tinham medo de sair de casa ou por falta efetiva de resposta.
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Cem dias depois da maior crise sanitária global, mantém-se a carência de médicos especialistas nos hospitais do interior do país que tem empurrado os utentes para uma saga de transferências sem precedentes.
Só no ano passado, o estado gastou quase seis milhões de euros no transporte de doentes da Guarda, Covilhã e Castelo Branco para Viseu e Coimbra.
A retoma da atividade clínica regular ainda só agora começou, e de forma desigual no país, mas nada evidencia que o chamado SNS de transportes venha a perder força.