“Roupa dos Brancos Mortos” é a Grande Reportagem que vai estrear esta quinta-feira no Jornal da Noite, na SIC. A jornalista Amélia Moura Ramos conta como os países africanos se tornaram a lixeira de têxteis dos países ricos e quais os efeitos deste consumo excessivo de roupa.
A ideia para a reportagem, recorda a jornalista, surgiu depois de o deserto do Atacama, no Peru, ter sido inundado no ano passado por milhares de peças de roupa nova de grandes cadeias de produção de moda.
Amélia Moura Ramos faz referência ao mercado de roupa em segunda mão, onde cerca de 70% da roupa doada para caridade e depositada nos contentores acaba em África.
As peças são provenientes de diferentes pontos do mundo, e por mais que o ato seja bem visto, “acaba por inundar muitos países africanos como o Gana, a Gâmbia, os Camarões”, provocando problemas ambientais e sociais.
“Nós produzimos e consumimos cada vez mais”, o que levou a que, em 15 anos, o mundo dobrasse o número de peças de roupa produzidas.
“Em 2000, o mundo produzia 50.000 milhões de peças de roupa, e, em 2015, passamos para 100.000 milhões”, conta Amélia Moura Santos.
A Grande Reportagem “Roupa dos Brancos Mortos” visitou o maior mercado africano de roupa em segunda mão e testemunhou os efeitos devastadores do consumo desenfreado da moda descartável.