Repórteres do Mundo

Um professor húngaro que deu aulas a partir das trincheiras na Ucrânia

Há um exército de voluntários húngaros que, sem sair de casa, está a ajudar o exército da Ucrânia a combater a ofensiva russa. Já angariaram 25 milhões graças aos seguidores do Facebook. Atualmente, têm milhares de seguidores.

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Chocados com as imagens da guerra, organizaram-se no Facebook e tentam entregar aos militares tudo o que os possa ajudar na frente da batalha. Recolhem essencialmente bens necessários à sobrevivência.

Sándor, por exemplo, é professor na Universidade de Unguár, mas só em tempos de paz. Ficou conhecido com uma fotografia em que tinha um livro escolar numa mão e uma espingarda na outra. Chegou a dar aulas a partir das trincheiras. Tornou-se uma figura simbólica da ajuda dos húngaros à Ucrânia.

András Iván Bojár, arquiteto, crítico e escritor explica que muitos são os que sentem vergonha da postura oficial da Hungria face à guerra na Ucrânia, por isso doam milhares ou milhões para limpar a imagem do país.

Também o arquiteto, crítico e escritor esteve na Ucrânia a entregar o que conseguiram recolher. Recorda que é difícil de assimilar a imagem das casas alvejadas e das ruas vazias.

“É uma terra gelada e destruída. É muito triste. Comparo-a a alguém que recebeu o diagnóstico de doença terminal e tem que viver os últimos meses ou anos com a doença. É assim que a Ucrânia está”.