Chocados com as imagens da guerra, organizaram-se no Facebook e tentam entregar aos militares tudo o que os possa ajudar na frente da batalha. Recolhem essencialmente bens necessários à sobrevivência.
Sándor, por exemplo, é professor na Universidade de Unguár, mas só em tempos de paz. Ficou conhecido com uma fotografia em que tinha um livro escolar numa mão e uma espingarda na outra. Chegou a dar aulas a partir das trincheiras. Tornou-se uma figura simbólica da ajuda dos húngaros à Ucrânia.
András Iván Bojár, arquiteto, crítico e escritor explica que muitos são os que sentem vergonha da postura oficial da Hungria face à guerra na Ucrânia, por isso doam milhares ou milhões para limpar a imagem do país.
Também o arquiteto, crítico e escritor esteve na Ucrânia a entregar o que conseguiram recolher. Recorda que é difícil de assimilar a imagem das casas alvejadas e das ruas vazias.
“É uma terra gelada e destruída. É muito triste. Comparo-a a alguém que recebeu o diagnóstico de doença terminal e tem que viver os últimos meses ou anos com a doença. É assim que a Ucrânia está”.