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Os “meninos dos carrinhos” que brincam com a morte

No meio da escuridão, arriscam todos os dias a vida numa das linhas de comboio das Filipinas para ganhar o equivalente a 80 euros por mês. Esta é a história dos “meninos dos carrinhos”, que brincam com a morte, porque sonham em ter uma vida melhor.

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Angela tem 18 anos, o marido Ejimon 17 e o filho de ambos tem apenas 10 meses, vivem numa barraca sem água nem casa de banho. Querem dar um futuro melhor ao filho, por isso empurram carrinhos nas linhas dos comboios.

O repórter da RTL Alemanha testemunhou o perigo destas viagens arriscadas em Manila, capital das Filipinas, onde a pobreza é um problema grave.

Para os passageiros que recorrem a estas viagens está fora de questão apanhar um táxi ou um comboio, por isso optam pelo “carrinho”. Cada passagem custa 20 pesos, o equivalente a 30 cêntimos.

Por vezes, a viagem tem que ser rapidamente interrompida, porque soa a buzina do comboio.

Contam que já houve acidentes que causaram vítimas mortais, mas por ali ninguém parece ter medo e, assim que o comboio passa, a viagem do carrinho prossegue.

Durante o dia não há viagens porque há muitos comboios a circular, por isso a jornada decorre entre as 5:00 e as 7:30. Nos dias bons, ganham entre 100 a 160 pesos. Ou seja, menos de 2,70 euros.

Além do trabalho com os carrinhos, Angela e Ejimon têm outro trabalho durante o dia, porque querem garantir que o filho pode estudar e sair da situação de pobreza extrema em que cresceram.