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“Carne para canhão”: 2 mil traficantes de droga presos em 6 meses não resolve problema das máfias em Bruxelas

O número recorde de detenções na Bélgica não está a travar o crescimento do crime em Bruxelas. As autoridades dizem que só estão a ser apanhados pequenos traficantes e é preciso atacar os grupos internacionais que controlam o tráfico de droga na Europa.

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O número recorde de detenções na Bélgica não está a travar o crescimento do crime em Bruxelas. As autoridades dizem que só estão a ser apanhados pequenos traficantes e é preciso atacar os grupos internacionais que controlam o tráfico de droga na Europa.

Na zona policial do Midi, foram detidos dois mil traficantes de droga nos últimos seis meses. As autoridades têm uma sensação de trabalho interminável. “Apesar de estamos sempre a prender pessoas, acabam por aparecer mais por todo o lado”.

Os traficantes, designados por “carne para canhão”, são rapidamente substituídos e a polícia local está sobrecarregada. As autarquias e as polícias locais pedem ao governo federal que ataque os líderes destas redes criminais, máfias internacionais, altamente organizadas que estão instaladas na Bélgica.

“Temos a presença da máfia marroquina, a máfia italiana usa também o porto de Antuérpia para importar cocaína. Vimos que a máfia albanesa está bem integrada em Bruxelas e agora também constatamos que a máfia de Marselha está a deslocar-se para Bruxelas”.

A situação obrigou o governo a fazer um enorme investimento. Só em Bruxelas foram contratados mais 70 inspetores, oito magistrados e cinco juristas.