Repórteres do Mundo

“Não precisamos de estrangeiros aqui, do Afeganistão, de onde quer que venham”

Itália quer alojar na Albânia os migrantes que chegam à Europa, até serem decididos os pedidos de asilo. A primeira-ministra Georgia Meloni espera assim evitar a entrada de milhares de pessoas em solo da União Europeia.

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Os imigrantes chegam ao cais do porto de Shëngjin, no norte da Albânia, são recolhidos pela guarda costeira italiana em alto mar, mas fora das águas territoriais italianas. Depois são levados para um campo para um primeiro controlo, onde são os italianos que mandam.

Para os ativistas, é um absurdo. “O pedido de asilo deles está a ser examinado enquanto eles estão na prisão. A situação infringe os direitos deles e a legislação europeia”.

Os centros de acolhimento devem abrir em agosto, e para isso o responsável pelo porto de Shëngjin foi obrigado a ceder 3.600 metros quadrados de terreno. O verdadeiro acampamento, a alguns quilómetros de distância, na aldeia de Gjader, ainda está em construção. Deve alojar cerca de três mil migrantes por mês.

Na aldeia teme-se que os imigrantes fiquem por lá durante anos.

“Não sabemos porque hão de vir para cá. Os meus filhos emigraram, mas não precisamos de estrangeiros aqui, do Afeganistão, de onde quer que venham”.