Até agora, os europeus compravam 60% do armamento na América, mas o cenário mudou e a indústria europeia está a recuperar terreno.
A Thales, a maior empresa de defesa dos Países Baixos, é um exemplo deste crescimento. É especializada em radares de defesa que podem ser usados para detetar a origem e o destino de granadas, monitorizar o espaço aéreo e identificar drones.
Há dez anos, a Thales teve de reduzir significativamente o seu tamanho devido à falta de encomendas, agora está a crescer rapidamente, com mais funcionários e maior capacidade de produção. No entanto, ainda há muitos interesses nacionais que levam os países a preferirem encomendar às suas próprias indústrias, em vez de colaborarem entre si. O antigo comandante da NATO, Ben Bekkering, alerta para a necessidade de cooperação.
“A Europa terá de ser capaz de agir de forma mais poderosa, o que significa reduzir as suas dependências e fazer mais por si mesma.”
A produção na Thales triplicou nos últimos dois anos e pode aumentar ainda mais, se for necessário. Os exemplos de cooperação, como o radar multimissão que foi encomendado por países como Dinamarca, Noruega e Lituânia, são promissores, mas ainda não são suficientes. São necessários melhores acordos europeus para aumentar ainda mais a produção de radares e outros sistemas de defesa.