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Europa em alerta aumenta investimentos na defesa

Desde o início da guerra na Ucrânia, a Europa aumentou o investimento na defesa. Um investimento que irá crescer ainda mais com Donald Trump na Casa Branca. O Presidente dos Estados Unidos já disse que não vai pagar mais pela segurança europeia.

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Até agora, os europeus compravam 60% do armamento na América, mas o cenário mudou e a indústria europeia está a recuperar terreno.

A Thales, a maior empresa de defesa dos Países Baixos, é um exemplo deste crescimento. É especializada em radares de defesa que podem ser usados para detetar a origem e o destino de granadas, monitorizar o espaço aéreo e identificar drones.

Há dez anos, a Thales teve de reduzir significativamente o seu tamanho devido à falta de encomendas, agora está a crescer rapidamente, com mais funcionários e maior capacidade de produção. No entanto, ainda há muitos interesses nacionais que levam os países a preferirem encomendar às suas próprias indústrias, em vez de colaborarem entre si. O antigo comandante da NATO, Ben Bekkering, alerta para a necessidade de cooperação.

“A Europa terá de ser capaz de agir de forma mais poderosa, o que significa reduzir as suas dependências e fazer mais por si mesma.”

A produção na Thales triplicou nos últimos dois anos e pode aumentar ainda mais, se for necessário. Os exemplos de cooperação, como o radar multimissão que foi encomendado por países como Dinamarca, Noruega e Lituânia, são promissores, mas ainda não são suficientes. São necessários melhores acordos europeus para aumentar ainda mais a produção de radares e outros sistemas de defesa.