Repórteres do Mundo

Palestine Cola: cresce o boicote a marcas ligadas à ocupação na Palestina

As imagens da fome em Gaza motivaram uma onda de críticas. Milhões de pessoas juntam-se em protestos para exigir uma condenação mundial. Nos Países Baixos, a contestação chegou em forma de boicote a marcas associadas às ações israelitas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

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Airbnb, Booking.com e Coca-Cola têm sido os alvos de grupos de cidadãos contra Israel. A Coca-Cola foi retirada de alguns bares e restaurantes, nos Países Baixos, que passaram a servir alternativas como a Palestine Cola.

Ilco van der Linde é proprietário de uma casa para alugar em Amesterdão, a Casa Mandela. A inspiração para o espaço vai muito além do nome. Nelson Mandela é o homem que lIco mais admira.

"Não sou verdadeiramente livre enquanto os palestinianos não o forem. Como é que se começa uma fábrica num território ocupado e se enriquece Israel com isso? O boicote é a nossa forma de resistância."

Embora o impacto económico direto do boicote a estas marcas seja limitado, os efeitos reputacionais nos Países Baixos podem ser duradouros.

"Pode não afetar muito as receitas, mas afeta a imagem da marca."

O impacto das ações dos neerlandeses vai muito além do boicote. A porta-voz da Cruz Vermelha, Daniëlle Brouwer, revelou que as doações para Gaza triplicaram nas últimas semanas. E garante que, apesar das dificuldades em fazer chegar a ajuda devido aos bloqueios, o dinheiro está a ser canalizado diretamente para os habitantes daquele terrirtório.

A solidariedade assume também formas criativas. Jack Schoneveld está a caminhar de Tilburg até Roma para angariar fundos para os Médicos Sem Fronteiras.