A Ruína

Como o BES enganou os emigrantes portugueses

Oito mil emigrantes portugueses tornaram-se acionistas preferenciais de 10 veículos financeiros, os chamados SPV - Special Purpose Vehicles, que eram vendidos ao balcão como sendo produtos sem risco e de capital e juros garantidos. Quem os adquiriu acreditava estar a colocar as poupanças de uma vida em depósitos a prazo. Perderam tudo ou quase tudo. Caíram n'"O Conto do Vigário".

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A equipa de jornalistas da SIC que realizou a série de Grande Reportagem “Assalto ao Castelo” regressa com "A Ruína". O fio condutor é, de novo, o universo BES.

"A Ruína" detalha a forma como o banco de Ricardo Salgado conseguiu convencer 8 mil emigrantes a comprarem 723 milhões de euros de ações preferenciais de veículos financeiros esculpidos pelo BES. A dar fortes sinais de contaminação pelo peso da dívida das empresas do grupo Espírito Santo desde 2009, o banco viu-se forçado a encontrar formas rápidas de gerar liquidez.

Entre 2012 e 2014 os emigrantes, financeiramente iletrados, foram o alvo. E o BES vendeu-lhes títulos de dívida do banco e das empresas falidas do grupo que só poderiam ser transformados em dinheiro em 2047 - 2051. Que esquema inventou o BES para convencer estes 8 mil emigrantes a investirem no risco e no incerto?