Sozinhos na Net

Riscos online: os crimes e a investigação

A Procuradoria-Geral da República conta desde o início da década com o Gabinete de Cibercrime. Pedro Verdelho, coordenador desta equipa, sublinha que "os criminosos migraram para a internet".

"É mais fácil, mais lucrativo e mais seguro praticar crimes na internet", adianta o responsável, nesta conversa com a SIC. Realça as dificuldades da investigação, tendo em conta que os criminosos se movem num mundo virtual sem fronteiras. Agarra nos números para mostrar que dos inquéritos abertos, relativos a pornografia infantil, muitos foram arquivados porque se perde o rasto à identificação online dos suspeitos. Ainda assim, há mais de 20 acusações e uma dezena de condenações.

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O número de inquéritos abertos pela Polícia Judiciária relativos aos crimes de pornografia de menores tem vindo a aumentar. Passou de uma dúzia em 2012 para quase 600 o ano passado.

A internet, massificada junto dos jovens através das redes sociais, tem potenciado o acesso de predadores sexuais aos mais jovens. A criação de perfis falsos tem sido um dos mecanismos usados pelos criminosos. Carlos Cabreiro, diretor Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, realça à SIC a vulnerabilidade dos jovens e crianças.

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A PSP realiza ações constantes dentro das salas de aula, de forma a consciencializar os mais jovens para os perigos na Internet. O sub-comissário Hugo Guinote, da Divisão de Prevenção Pública e Proximidade, sublinha à SIC de dar uma estutura aos jovens que lhes permita navegar da forma segura.

Deixa ainda alguns alertas, em termos de certas ações que jovens e crianças podem ter no mundo online, que permitam evitar situações de risco.

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