Os polícias e a GNR vão exigir ao Governo da AD que cumpra as promessas eleitorais para o sector. A plataforma que junta as duas estruturas reúne-se no final do mês para definir estratégias e protestos.
Luís Montenegro definiu como prioridades agir nos primeiros dois meses de governação, criando um programa de emergência para a saúde, dialogar com os professores e com as forças de segurança, alguns dos sectores mais descontentes.
A plataforma que reúne 11 sindicatos da PSP e associações da GNR lembra agora ao líder da AD que as promessas são para cumprir.
“Palavra dada, que seja uma palavra honrada”, apela Bruno Pereira, porta-voz da plataforma de sindicatos da PSP e associações da GNR. "Esperamos que o Dr. Luís Montenegro, agora que ganhou as eleições, possa honrar o compromisso que firmou, que veiculou.”
Durante a campanha, o presidente do PSD defendeu a legitimidade da luta dos agentes de segurança, nomeadamente na noite do debate com Pedro Nuno Santos, no Capitólio, marcada por um protesto com centenas de polícias.
Na noite eleitoral, Luís Montenegro voltou a referir a intenção de responder às exigências que levaram aos protestos.
“É possível dar às forças de segurança melhores condições de trabalho e de remuneração, é possível mudar o sistema de justiça e combater de forma mais eficaz a corrupção. É possível restabelecer o prestígio das instituições portuguesas”, defendeu, depois de reclamar a vitória eleitoral, no domingo.
Sem fazer referência a valores, o social-democrata considerou ainda justo que haja equiparação ao suplemento de missão já atribuído à Polícia Judiciária e prometeu iniciar negociações imediatas.
A plataforma que representa as forças de segurança tem sido muita clara sobre as matérias que quer ver revistas para que sejam dignificadas as diferentes carreiras.
“Em primeira linha, suplemento de missão, valorização da condição policial, restabelecimento de uma situação de igualdade. E depois, a partir daí, desencadear discussões à volta de questões que são vitais para que nós consigamos ter polícias, PSP e GNR capazes e competentes, polícias de vanguarda, polícias evoluídas", apela Bruno Pereira.