O aumento da temperatura global pode vir a tornar-se “um monstro ainda maior” e o verão “demasiado quente” para os humanos, em especial para trabalhar, alertam os cientistas.
O combate à Covid-19 veio aumentar ainda mais a preocupação dos especialistas para uma condição grave que pode provocar a falência de órgãos. Os profissionais de saúde, obrigados a utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante turnos de longas horas e expostos ao calor, são dos grupos mais afetados, à semelhança de quem trabalha no exterior, exposto ao sol.
Sabe o que é a exaustão pelo calor?
Em causa está a exaustão por calor, uma situação médica que provoca tonturas, náuseas, fraqueza, fadiga, dor de cabeça, vómitos e afeta o discernimento do indivíduo. No seu extremo, pode mesmo provocar a falência de órgãos. Tudo porque o corpo deixa de ser capaz de arrefecer.
“Os humanos evoluíram para viver entre certas temperaturas, por isso torna-se claro que se continuarmos a provocar o aquecimento global, mais tarde ou mais cedo partes do mundo podem tornar-se demasiado quentes para nós”, explica o professor Richard Betts à BBC.
No início deste ano, um estudo alertou para a probabilidade de mais de um bilião de pessoas serem afetadas por esta condição até 2100. Para o evitar, é preciso que certos comportamentos se tornem hábitos, como beber muita água e fazer pausas regulares no trabalho para refrescar.
10 recomendações para diminuir os riscos associados ao calor
Numa semana em que Portugal tem estado sob altas temperaturas e prevê-se que tenham vindo para ficar, recordamos as recomendações da Direção-Geral da Saúde para enfrentar o calor.