Um estudo divulgado mostra que no ano passado, em Portugal, 70% das pessoas com doenças raras interromperam ou adiaram os tratamentos. Ana Morete, imunoalergologista e vice-presidente da Sociedade de Alergologia e Imunologia Clínica, explica o que é o angioedema, uma dessas doenças raras que afeta entre 300 a 400 pessoas no nosso país.
Maioritariamente hereditária, esta doença provoca episódios recorrentes de inchaço. As zonas mais afetadas são a face, as extremidades e os genitais. Em caso mais grave infetam o trato gastrointestinal.
O sintoma mais temido, explica Ana Morete, é o inchaço inesperado da laringe, que pode levar à morte na ausência de tratamento adequado.
Não há cura e, por isso, é fundamental que os doentes sejam devidamente seguidos e tratados.
Segundo a imunoalergologista, não se tem verificado nenhuma situação de atraso relativamente a esta doença, por qualquer razão do hospital. O que tem acontecido é muitas pessoas cancelarem ou não comparecerem nas consultas por medo de irem ao hospital nesta altura de pandemia.