Ficaram por utilizar mais de 34% dos cheques-dentista emitidos, no ano passado, pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Dos 630.000 vales disponíveis, foram usados 415.000.
As contas são reveladas esta quarta-feira pelo jornal Público. Estes cheques foram criados em 2009 e são destinados sobretudo a grávidas, crianças, jovens até 18 anos e idosos com dificuldades económicas. Podem ser usados em consultórios privados aderentes.
Nas faixas etárias das crianças e jovens – os principais beneficiários desta iniciativa – a taxa de utilização foi relativamente superior. Durante 2022 foram emitidos mais de 506.000 cheques-dentista, tendo sido utilizados 324.772 – o que corresponde a 64,1% de utilização. Foram ainda referenciados 19.006 casos para consulta de higiene oral no cento de saúda, das quais 10,140 foram realizadas.
Segundo o jornal, o Plano Nacional de Promoção de Saúde Oral quer incentivar a utilização destes cheques-dentista. Entre as medidas previstas para este ano está a desmaterialização dos vales, que passarão a funcionar através de uma SMS ou um email.
Os utentes e encarregados de educação “vão passar a receber um SMS ou um email a informar que têm direito a um cheque dentista ou a uma consulta de higiene oral e qual a validade para usufruir destes cuidados de saúde", assim como um alerta quando o “término da validade do cheque ou do benefício da consulta” estiver próximo.
Além disso, o Governo vai começar a trabalhar no sentido de criar uma carreira de dentistas no SNS.