Saúde e Bem-estar

Exclusivo Online

Mudança da hora pode afetar o corpo e a mente?

Muitos suspiram de felicidade quando o horário de verão chega. As crianças conseguem aproveitar o sol depois das aulas e alguns adultos saem do trabalho de dia. Pode esta mudança ter impacto no corpo e na mente? A psicóloga clínica Carla Fernandes responde.

Mudança da hora pode afetar o corpo e a mente?

A primavera já se faz sentir e com ela chega o horário de verão, na madrugada deste sábado para domingo. Em Portugal continental e na Madeira, assim que os ponteiros do relógio marcarem 1:00 da madrugada, a hora avança para as 2:00. No caso dos Açores, a mudança da hora ocorre à meia-noite. Isto quer dizer que nessa noite vamos perder uma hora de sono.

Em entrevista à SIC Notícias, a psicóloga clínica, Carla Fernandes, garante que os dias com mais luz fazem toda a diferença à mente e ao corpo.

“Isto é um pouco senso comum, mas quando acordamos com luz, acordamos mais animados e também o facto de termos mais luz durante o dia, também nos proporciona termos mais tempo para fazer mais coisas”, pois “não temos aquela necessidade de ser noite e termos de ir para casa”, explica.

Ou seja, a equação é simples: dias com mais tempo de luz “dá possibilidade de fazer mais coisas, mesmo a nível pessoal” e, como resultado: “há consequências tanto na saúde mental, como física”, refere a psicóloga.

Canva

Como superar o “jetlag” da mudança da hora?

Carla Fernandes garante que o “jetlag” da mudança da hora é algo passageiro, mas requer um período de adaptação, tanto quando se ganha ou perde uma hora.

“Eu acho que durante os primeiros dias tendemos a acordar no fuso horário” antigo “ e vamos estar a funcionar um pouco a nível cerebral e físico também em relação a esse horário. Mas depois, o organismo vai-se habituado e os próprios estilos de vida também”, diz Carla Fernandes, em entrevista à SIC Notícias.

Para os pais, nem sempre é fácil

“Com as crianças, o facto de haver mais luz é difícil convencê-las a irem para a cama à hora habitual”. Isto “porque às 21:00 ainda vai estar de dia e elas não compreendem”, explica a psicóloga.

Contudo, “é importante, nas crianças, mas também nos adultos, manter os ritmos, independentemente que haja mais luz”, recomenda.