A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, está a estudar um novo medicamento para a doença de Parkinson. Este pode vir a ser experimentado também em doentes com Alzheimer ou Esclerose Lateral Amiotrófica.
O medicamento tem como objetivo "desacelerar" a doença após o diagnóstico, uma vez que o que já existe serve apenas para ajudar os doentes a lidar com os sintomas. A nova solução propõe paralisar o efeito degenerativo da doença, não deixando morrer as células que, apesar do diagnóstico, podem manter-se saudáveis.
A UBI, que se queixa de ser subvencionada pelo Estado, fez uma parceria com a Universidade de Turim, em Itália. Está previsto que, depois da primeira fase de testes, que deverá ocorrer em 2025, o medicamento seja aplicado em doentes com Alzheimer e com Esclerose Lateral Amiotrófica.
"Nesta área da medicina, é necessário haver uma conjugação de esforços de investigadores para atingir melhores resultados e com um maior impacto a nível do que é a descoberta de algo com valor para o mercado”, afirma o reitor da Universidade da Beira Interior.
Este novo fármaco é, para os especialistas, uma janela de esperança.
“Cada vez mais cedo se diagnosticam pessoas com Parkinson, já não é só na fase da idade. Os últimos dados que vi variavam entre os 20 e os 29 mil, no pais”, conclui a investigadora da UBI.