Saúde e Bem-estar

Petição chega ao Parlamento para "dar voz a cancro silencioso"

O cancro do ovário é o 7.º mais comum entre as mulheres, com cerca de 314 mil novos casos por ano, e o cancro ginecológico com maior taxa de mortalidade. "Não há nenhum meio de diagnóstico precoce" e a atenção aos sintomas é, por isso, muito importante. Esta segunda-feira vai chegar ao Parlamento uma petição para facilitar o acesso das mulheres à medicação de que me precisam e não só.

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O Movimento "Cancro do Ovário e outros Cancros Gineocológicos" (MOG) lançou uma petição pública para que se discuta no Parlamento a dificuldade que as mulheres têm no acesso à inovação nos tratamentos. O número de assinaturas já superou (e muito) as necessárias para chegar à Assembleia da República. Na antena da SIC esteve, esta manhã, Cláudia Fraga, presidente do MOG, que alertou para a inexistência de um diagnóstico precoce neste tipo de cancro.

“Quando há um sintoma muitas vezes já é tarde. Barriga inchada, mais vontade de urinar, obstipação, são sintomas que qualquer mulher tem ao longo da sua vida, mas que se persistirem mais de uma semana têm que ir ao médico de família para serem encaminhadas de forma célere”, alertou.

Muitos dos casos são detetados num “estadio tarde” e a medicação, necessária “numa fase subsequente”, não é ainda comparticipada em Portugal e as mulheres “pagam balúrdios”. “Não pode haver uma medicina para ricos e para outros com menos capacidade”, diz Cláudia Fraga.

“Temos que aumentar a literacia em saúde, não há nenhum meio de diagnóstico precoce para este tipo de cancro. Temos de estarmos muito atentas ao sintomas do nosso corpo e não descorarmos para amanhã a ida ao médico”, apela.

O cancro do ovário é o 7.º tipo de cancro mais comum entre as mulheres, com cerca de 314 mil novos casos por ano, e é a 5.ª causa de morte por doença oncológica entre as mulheres, sendo o cancro ginecológico com maior taxa de mortalidade.