Saúde e Bem-estar

Nova lei do tabaco "não se pode transformar numa cruzada contra quem fuma"

O ministro não concorda com o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que defende que não aprovar a versão original da nova lei do tabaco é "sinal de fraqueza" do Governo a favor da indústria.

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No Dia Mundial sem Tabaco, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia criticou o Governo por voltar atrás nas medidas já anunciadas contra o tabaco.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia defendeu que não aprovar a versão original da lei antitabágica é um sinal de fraqueza do Governo a favor da indústria. Manuel Pizarro não concorda e garante que a proposta é equilibrada.

Eu acho que é uma proposta equilibrada que tem restrições, mas que também procura perceber que essas restrições não se podem transformar numa cruzada contra quem fuma. Fomos sensíveis aos argumentos de quem trabalha na noite e sai à noite também tenha um sítio onde possam comprar tabaco. Há povoações que não podem ficar tão longe para comprar tabaco que se torne uma penalização excessiva", referiu o ministro da Saúde.

E com equilíbrio que o ministro da Saúde pretende planear o futuro, de acordo com a lei, a Direção-Geral da Saúde (DGS) deveria fazer uma avaliação de consumo de tabaco a cada cinco anos, mas o último estudo aprofundado foi em 2011.

Manuel Pizarro desvalorizou, mais uma vez, as críticas sobre a falta de estudos e assegura que não está em causa a liberdade individual dos fumadores, mas que tem a obrigação de estar na linha da frente no combate ao tabaco.