A Direção-Geral de Saúde e a ASAE desaconselharam o consumo de broa de milho nos distritos de Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro, devido aos casos suspeitos de toxinfeção alimentar.
A origem do problema ainda não é conhecida, mas os quase 200 casos identificados no espaço de três semanas têm em comum o consumo de broa de milho. Razão que levou a DGS e a ASAE a emitirem esta recomendação.
À SIC, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges, explicou que há uma “forte evidência” que o problema se centra nestes quatro distritos.
Afirmou, no entanto, que como os sintomas dos doentes foram ligeiros, “não há necessidade de proibir” o consumo.
“Mas se as pessoas continuarem a consumir esta broa até termos noção de que o problema foi resolvido e que os lotes são de qualidade, vamos continuar a ter pessoas com sintomas e uma ou outra pode ter sintomas mais fortes”, explicou o médico.
Quais são, afinal, os sintomas?
A maioria dos sintomas passam por secura da boca, tonturas, confusão mental, cansaço e diminuição da força muscular. Dos 187 casos reportados, 43 precisaram de cuidados hospitalares.
“É preciso identificar, ao longo da cadeia de produção, onde é que está a inconformidade, para que ela seja resolvida e não voltemos a ter casos”, sublinhou Gustavo Tato Borges.
Para já, pouco se sabe. A origem do foco do problema continua a ser investigada com a inspeção dos circuitos dos lotes de matérias primas.
As associações de panificação estão a disponibilizar apoio aos associados, mas os comerciantes anseiam por esclarecimento rápido. É que o problema já está a ter impacto nos negócios locais.
Em Ílhavo, Orlando Lourenço, empresário com um estabelecimento especializado em broa de milho, contou à SIC que nos últimos dias tem registado uma “quebra grande” na venda deste produto alimentar.