Nos últimos nove meses foram registados em Portugal 238 casos de Monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos. O balanço é da Direção Geral da Saúde (DGS) e refere que o surto continua ativo mas com tendência decrescente.
Este é o segundo surto de Monkeypox, o nome mais recente para a Monkeypox ou varíola dos macacos, altura em que foi dado o alerta para a doença em 2022.
E o mais recente relatório da Direção Geral da Saúde, refere que nos últimos 9 meses, foram confirmados 238 novos casos.
"Este é um novo, começou em julho do ano passado, tem a ver com novo vírus é outro surto, os números são menores que no anterior mas mostra que o surto está ativo", Paulo Paixão, Virologista
A maioria dos infetados reside na Região de Lisboa e Vale do Tejo com 145 casos. Segue-se o Norte com 82.
Na região autónoma da Madeira há cinco casos, assim como na região Centro. No Alentejo há registo de um caso. A doença geralmente manifesta-se através de lesões cutâneas
"A chave é saber se a pessoa em causa teve ou não contacto sexual recente com parceiros não conhecidos ou múltiplos", explicou o virologista.
O período de incubação ser de 6 a 21 dias. Os doentes são na maioria homens com idades entre os 19 e os 64 anos.
"Antes de haver estes surtos, era uma transmissão agressiva, que até pela via respiratória se transmitia, e agora é por contacto íntimo, pele com pele e tem maior ênfase em homens que fazem sexo com outros homens mas não significa que outros grupos não podem ser atingidos, como mulheres", alertou especialista.
Para a DGS a tendência deste surto é decrescente mas Paulo Paixão diz que a descida do número de casos depende do comportamento das pessoas.
A DGS salienta a importância da deteção precoce de novos casos.
Apela às pessoas que evitem o contacto físico durante o período de contagiosidade e apela à vacinação preventiva na população de maior risco de infeção.